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terça-feira, 24 de março de 2020

Soothing



And today,

If I could only

Make a wish,

I would have only one:

To be quiet

In your arms,

Cuddled, tightly,

By your loving embrace,

And hearing you,

Whisper in my ear

That everything

Is going to be alright…

(E, se hoje,
Eu pudesse
Fazer
Um desejo somente,
Este seria:
Estar em teus braços,
Quieto
E sendo cingido
Por um abraço apertado
E te ouvir
Sussurrar,
Em meu ouvido,
Que tudo,
Tudo mesmo,
Vai ficar bem...)

quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

O Poema


Quando o telefone tocou, eu distraía-me com a leitura de um dos novos livros adquiridos, como só é possível fazer, tranquilamente, no período das férias. Não pensei muito ao estender a mão para alcançar o aparelho. Quando vi o nome a piscar no visor, meu coração deu um salto involuntário.
Era a primeira vez que eu viajava para longe e ficávamos sem conversar ao telefone, diariamente, como havia-se tornado, naturalmente, hábito nosso. Até então, tudo parecia muito normal, porque mesmo uma simples rotina pode ser viciante e estranhamente agradável. Sabíamos que íamos estar longe por quase um mês e que nossa “resistência” ia ser posta à prova. 
Já havíamos trocado algumas mensagens de texto, desejando as boas festas, no modo mais tradicional da época e eu não esperava mais que aquilo, pelo menos até a minha volta. Um telefonema, assim inesperado, era-me uma clara e agradável surpresa.
Eu, entretanto, não contava que minha emoção fosse sobrepor minha razão. Quando ouvi a voz conhecida, dei graças por estar só, no quarto. Minha própria voz simplesmente não saiu. Queria falar, mas não conseguia. Do outro lado, ouvia chamar-me uma… duas… três vezes... Fiz um esforço enorme para controlar-me. O som que saiu de minha garganta não era nada parecido com a minha voz. Foi mais um grunhido, que soou muito estranho, para minha vergonha. Em meio a meia dúzia de palavras trocadas, quase todas truncadas, eu perdia o controlo novamente e a voz falhava ou, quando saía, vinha carregada daquela emoção, que eu não conseguia conter.
E eu chorei… de saudades e, também, de um pouco de carência.
Estava rodeado por muitas pessoas conhecidas, naqueles dias, mas sentia-me surpreendentemente só. Sentia falta da atenção que vinha tendo, havia pouco menos de um ano. Aquele telefonema, assim simples, curto e espontâneo, fez-me ver, à distância e sob outros prismas, as coisas que vinham acontecendo em minha vida, especialmente naquele ano.
Olhei para fora e deixei a mente viajar completamente livre de quaisquer amarras.
Os pardais a fazerem algazarra no jardim, a leve brisa de verão a entrar pelas janelas abertas e aquela distância imensa em espaço e em tempo, fizeram-me sentir vontade de voltar, imediatamente. Tentei ocupar-me com outras coisas, mas meus pensamentos voltavam sempre ao mesmo ponto... ou ao mesmo lugar… de onde havia partido…
Resolvi, então, escrever algumas palavras, pois precisava externar, de alguma forma, aquela emoção. Os versos de um pequeno poema* vieram quase fáceis, como de costume, mas não o considerei terminado. Mantive-o comigo até dar-me por satisfeito com a harmonia e o sentido que queria dar às palavras; até convencer-me que dizia tudo que se passava comigo, naqueles momentos; até saber que meu peito estava em paz.
Esperei até o último instante… Até estar de volta à minha vida e à aquela quase rotina… e estarmos mais perto, fisicamente. Só então enviei o ‘link’ para o poema, sem saber, ao certo, o efeito que ia causar.
...E enquanto, assim,
Tão distante de ti,
E suspenso
Entre o delírio,
A saudade
E o desejo
De te rever,
Sinto,
Por vezes,
Que já nem pertenço
- Mais -
A mim somente…

Um par de horas depois, no que pareceu uma infinita espera, recebi uma resposta à minha breve mensagem. Num ímpeto de ansiedade, eu abri, li e sorri. Depois, não resisti e, perdendo o controlo novamente, chorei.
Então, o telefone tocou...  

- Estou a caminho!



domingo, 1 de dezembro de 2013

Uma das muitas formas de amar...



Esta foto eu havia tirado há algum tempo, em meados do Inverno passado, sem ter consciência que seria a última com ele, deste jeito. Estava perdida na câmera, sem haver sido baixada no PC, por meses...

Esta é uma simples homenagem, em complemento ao post anterior.

Saudades... Não há mais nada a dizer...