Your body
Is a temptation
I don´t mind to indulge
Myself into.
I surrender to desire
And lust
Giving myself up
To the beauty
Of your lovely features
And the sweetness
On the tender contact
Of your fingertips
Making their way,
Carefully,
All along my skin
And taking me
-Smoothly-
To unfamiliar places.
Your lovely smile,
This charming melancholy
In your mystifying eyes
And your sweet voice,
Whispering in my ears,
Words I would not dare
To speak out loud,
Bring me sensations
Which are brand new to me,
But they remind me
This feeling is surely
An old friend of mine.
sexta-feira, 23 de julho de 2010
segunda-feira, 12 de julho de 2010
Hidden Track
You came into my days
-Slowly and tenderly -
When the silence
And the emptiness
That surrounded me
Shaped a shield
Around my splintered soul.
You threw my balance
Into a turmoil
Like the unexpected surprise
Of a hidden track,
After a sequence
Of innumerous,
-Already lovely-
Pleasant-sounding songs.
You touched my heart
With your gorgeous smile
And the tenderness
Of this tricky sadness
In your eyes
Allied to your feline,
Moving grace,
Filled me up
With dreams
Of affection and yearn.
And when that song
Was over
And silence was back
To my ears
-And my spirit-,
I switched it on
Once more
And played it over
And over again,
Until my heart
Settled down
With the sweetness
Of your sound and rhythm
And I gently fell asleep
In your arms,
Taking advantage of
The charming harmony
Of your poignant
And warm embrace.
-Slowly and tenderly -
When the silence
And the emptiness
That surrounded me
Shaped a shield
Around my splintered soul.
You threw my balance
Into a turmoil
Like the unexpected surprise
Of a hidden track,
After a sequence
Of innumerous,
-Already lovely-
Pleasant-sounding songs.
You touched my heart
With your gorgeous smile
And the tenderness
Of this tricky sadness
In your eyes
Allied to your feline,
Moving grace,
Filled me up
With dreams
Of affection and yearn.
And when that song
Was over
And silence was back
To my ears
-And my spirit-,
I switched it on
Once more
And played it over
And over again,
Until my heart
Settled down
With the sweetness
Of your sound and rhythm
And I gently fell asleep
In your arms,
Taking advantage of
The charming harmony
Of your poignant
And warm embrace.
sábado, 3 de julho de 2010
And You Dance...
You like white wine,
Poetry
And good music...
You have your dreams,
Your fears
And your joys...
Your smile is light
To my days
And your eyes,
Like dark beads,
Carry the beam
Of the stars,
Into the night.
And you dance…
And when you dance,
Your heart becomes one
With the music
And your body becomes one
With the light...
And my eyes,
Hypnotized by the movements,
Hope I had wings,
So I, too,
Could fly…
When I watch
Your body,
Floating in the air,
I almost think
I’m in ecstasy,
For this bird
Has broad wings
And flies…
And when you wide open
Your arms
On stage,
I think of angels
In heaven,
Cannot hold myself,
Get emotional
And cry…
Poetry
And good music...
You have your dreams,
Your fears
And your joys...
Your smile is light
To my days
And your eyes,
Like dark beads,
Carry the beam
Of the stars,
Into the night.
And you dance…
And when you dance,
Your heart becomes one
With the music
And your body becomes one
With the light...
And my eyes,
Hypnotized by the movements,
Hope I had wings,
So I, too,
Could fly…
When I watch
Your body,
Floating in the air,
I almost think
I’m in ecstasy,
For this bird
Has broad wings
And flies…
And when you wide open
Your arms
On stage,
I think of angels
In heaven,
Cannot hold myself,
Get emotional
And cry…
quarta-feira, 16 de junho de 2010
Obrigado...
Obrigado por não me ouvires,
Por não me responderes,
Por não dares, a mim,
O valor que eu dou a ti,
Porque somente assim eu me torno
Mais consciente
Das minhas próprias necessidades.
Obrigado por me deixares lutar
Sozinho,
Este conflito,
Sem fim,
Porque, somente assim, sinto
Meu espírito fortalecido
E me torno um lutador
Tenaz e incansável.
Obrigado por me abandonares
À minha própria sorte,
Pois, somente assim, procuro
Encontrar meu caminho,
Mesmo quando me sinto perdido.
Obrigado por seres quem tu és,
Porque assim eu tento
Ser sempre melhor,
Mesmo que não me vejas
Como tal.
Obrigado pelas noites mal dormidas
E pelos sonhos
Que não se realizam,
Porque, somente assim, desejo
Que a vida seja mais generosa
Que meus despojados sonhos.
Obrigado pela falta de contacto,
E pelo árido vazio que deixas
Em minha alma deserta,
Pois somente assim busco inspiração
Na tua ausência
E na austeridade do teu coração.
Obrigado pela amizade
Que não me dispões,
Pois é graças à ela
Que eu crio um mundo,
Onde a poesia
É minha maior força.
Obrigado,
Porque tu és a causa
Do amor à vida
Que hoje eu tenho,
E porque sem ti,
Meu coração seria duro
E insensível
E a vida, sem beleza.
Obrigado, porque sem as lágrimas
Que orvalham minhas manhãs,
A música seria vazia
E as cores, absolutamente desbotadas.
Obrigado pela distância
Que manténs de mim,
Porque somente assim
Eu me sinto tão próximo
Da tua alma de criança,
Que não aceita o carinho
Que eu tenho guardado
Para te dar.
Obrigado por me deixares viver
Sem a tua presença,
Porque somente assim eu consigo
Amar tanto
O meu simples viver…
segunda-feira, 24 de maio de 2010
A Máquina
Eu dirigia, já há horas, por uma estrada poeirenta, no meio de uma grande plantação. O sol ainda estava alto no céu e me batia no rosto, naquela tarde de Outono. A visão do vento a brincar com as folhas verdes do enorme milharal, que se estendia por quilómetros, me faziam sentir saudade de tempos de outrora, mas eu não sabia exactamente o porquê.
Depois de muitos quilómetros de estrada deserta, vi uma encruzilhada. Desacelerei e parei, procurando alguma placa, que me mostrasse onde me encontrava e quão distante poderia estar de outro destino qualquer. Não havia nenhuma indicação, nenhum sinal de trânsito à vista. Em dúvida, sempre uso a mesma táctica: virar à direita. (If right is right, left must be wrong…)
Logo à frente, avistei uma pequena propriedade. Parei e saltei do carro, para tentar obter informações. Tudo estava quieto e deserto. O vento batia na porta falsa da casa de madeira, que abria e fechava contra o batente. Entrei e vi a casa vazia, com as janelas abertas. As velhas cortinas esvoaçavam, como se dançassem, embaladas pela brisa vespertina. Meu olho captou alguma coisa em um canto e eu, instintivamente, virei-me naquela direcção.
Quase invisível, na penumbra, um par de olhos me observava. Aproximei-me com cuidado e vi que era apenas um menininho de uns seis anos - não mais que isso. Os cabelos cacheados, de um castanho muito claro, caíam-lhe pela testa, quase escondendo os olhos esverdeados, que eu via brilhar na meia-luz.
- O que fazes aqui? Estás sozinho? - Eu perguntava, com cuidado, para não assustar a criança.
Estendi-lhe a mão, num esforço meio desajeitado de mostrar que não ia machucá-lo. Ele saiu do cantinho e veio na minha direcção. Olhou-me como se desacreditasse que eu estivesse ali, na frente dele.
- Estás sozinho aqui? - Eu repetia a pergunta, tentando compreender o que se passava.
Ele ainda parecia desconfiado. Mesmo assim, concordou, com um movimento de cabeça.
- Onde estão os outros?
- Não tem mais ninguém aqui. Estão todos mortos. Eles foram pegos pela “máquina de exterminar gente”.
- Como? E por que tu não tiveste a mesma “sorte”?
Ele franziu o cenho, como se começasse a perder a paciência com minhas perguntas. Mas, uma sombra passou pela sua face. Sem responder directamente, ele olhou-me, com condescendência, estendeu um franzino braço e mostrou-me uma grande cicatriz em forma de meia lua.
Eu sorri um sorriso triste e estendi a mão, mais uma vez, tentando mostrar-lhe que podia confiar em mim. Ele aceitou a oferta, colocando a sua pequena mão na palma da minha. Foi então que olhou por cima dos meus ombros, com uma expressão de assombro estampada na face. Com um puxão, desvencilhou-se da minha mão e correu para fora, ao mesmo tempo que um som metálico cortava o ar atrás de mim. Uma fracção de segundo depois, senti uma pontada de dor atravessar meu corpo.
Passei a mão, instintivamente, no peito e pareceu-me que uma ponta muito fina de uma lâmina curva saía dali. Senti um puxão no corpo e penso ter caído de costas, em câmara lenta. Meus olhos não viram mais nada, pois uma escuridão cobriu-me a visão, quase que imediatamente.
Não sei quanto tempo passou. Ainda meio atordoado e sentindo um peso no peito, abri minhas pálpebras lentamente e vi aqueles grandes e esverdeados olhos, bem perto do meu rosto. Uma dor aguda e constante perfurava meu peito.
Com as duas mãos, levantando-o delicadamente, retirei o corpo e as patas do invulgar felino, que havia estado em cima de mim, afastando, ao mesmo tempo, uma afiada unha que me penetrava a pele. Gemi, tentando me levantar, mas tive dificuldade. Eu me sentia enfraquecido.
O gato se afastou, num flash ruivo, como se fugisse de mim ou tivesse encontrado outro ponto de interesse.
Examinando o ambiente à minha volta, percebi que ainda estava dentro da casa. A luz, que entrava pela janela, era ténue e me mostrava que já era tarde. O vento movia as cortinas, delicadamente.
Ao olhar para a porta, vi o menino a me observar, inexpressivamente, com o gato ao seu lado. Estendi o braço naquela direcção, mas ele não se moveu. Julgando que o pequeno estivesse em choque, tentei retirar o telefone do bolso da calça e discar o número da emergência.
De repente o chão começou a vibrar fortemente. Entre surpreso e apavorado, deixei o aparelho cair da minha mão. O gato pulou para fora da casa. A sonolência desapareceu de imediato dos meus olhos, que esgazeados, procuraram reciprocidade no rosto do menino. Não foi espanto que eu vi naquele olhar, porém. Foi um misto de indiferença e, para minha surpresa, um ar de divertimento.
Dizem que as grandes verdades nos atingem, frontalmente, no final. Foi então que compreendi, segundos antes do golpe definitivo e fatal. O quase imperceptível sorrisinho de satisfação, na face angelical dele, revelou-me tudo, sem que precisasse dizer nada…
Na sala dos arquivos telefónicos do número da Emergência, os especialistas ouviam, com cuidado, a gravação incomum. O ruído metálico - como de uma estranha máquina - antecedia um grito abafado de dor, seguido de longos minutos de um silêncio profundamente sufocante. O técnico já ia desistindo de obter mais alguma coisa, quando ouviu, ao fundo, um outro som, mais assustador ainda: aquilo teria sido uma gargalhada de criança, seguida de um - “vem, Ginger” - e de um miado curto?
Depois de muitos quilómetros de estrada deserta, vi uma encruzilhada. Desacelerei e parei, procurando alguma placa, que me mostrasse onde me encontrava e quão distante poderia estar de outro destino qualquer. Não havia nenhuma indicação, nenhum sinal de trânsito à vista. Em dúvida, sempre uso a mesma táctica: virar à direita. (If right is right, left must be wrong…)
Logo à frente, avistei uma pequena propriedade. Parei e saltei do carro, para tentar obter informações. Tudo estava quieto e deserto. O vento batia na porta falsa da casa de madeira, que abria e fechava contra o batente. Entrei e vi a casa vazia, com as janelas abertas. As velhas cortinas esvoaçavam, como se dançassem, embaladas pela brisa vespertina. Meu olho captou alguma coisa em um canto e eu, instintivamente, virei-me naquela direcção.
Quase invisível, na penumbra, um par de olhos me observava. Aproximei-me com cuidado e vi que era apenas um menininho de uns seis anos - não mais que isso. Os cabelos cacheados, de um castanho muito claro, caíam-lhe pela testa, quase escondendo os olhos esverdeados, que eu via brilhar na meia-luz.
- O que fazes aqui? Estás sozinho? - Eu perguntava, com cuidado, para não assustar a criança.
Estendi-lhe a mão, num esforço meio desajeitado de mostrar que não ia machucá-lo. Ele saiu do cantinho e veio na minha direcção. Olhou-me como se desacreditasse que eu estivesse ali, na frente dele.
- Estás sozinho aqui? - Eu repetia a pergunta, tentando compreender o que se passava.
Ele ainda parecia desconfiado. Mesmo assim, concordou, com um movimento de cabeça.
- Onde estão os outros?
- Não tem mais ninguém aqui. Estão todos mortos. Eles foram pegos pela “máquina de exterminar gente”.
- Como? E por que tu não tiveste a mesma “sorte”?
Ele franziu o cenho, como se começasse a perder a paciência com minhas perguntas. Mas, uma sombra passou pela sua face. Sem responder directamente, ele olhou-me, com condescendência, estendeu um franzino braço e mostrou-me uma grande cicatriz em forma de meia lua.
Eu sorri um sorriso triste e estendi a mão, mais uma vez, tentando mostrar-lhe que podia confiar em mim. Ele aceitou a oferta, colocando a sua pequena mão na palma da minha. Foi então que olhou por cima dos meus ombros, com uma expressão de assombro estampada na face. Com um puxão, desvencilhou-se da minha mão e correu para fora, ao mesmo tempo que um som metálico cortava o ar atrás de mim. Uma fracção de segundo depois, senti uma pontada de dor atravessar meu corpo.
Passei a mão, instintivamente, no peito e pareceu-me que uma ponta muito fina de uma lâmina curva saía dali. Senti um puxão no corpo e penso ter caído de costas, em câmara lenta. Meus olhos não viram mais nada, pois uma escuridão cobriu-me a visão, quase que imediatamente.
Não sei quanto tempo passou. Ainda meio atordoado e sentindo um peso no peito, abri minhas pálpebras lentamente e vi aqueles grandes e esverdeados olhos, bem perto do meu rosto. Uma dor aguda e constante perfurava meu peito.
Com as duas mãos, levantando-o delicadamente, retirei o corpo e as patas do invulgar felino, que havia estado em cima de mim, afastando, ao mesmo tempo, uma afiada unha que me penetrava a pele. Gemi, tentando me levantar, mas tive dificuldade. Eu me sentia enfraquecido.
O gato se afastou, num flash ruivo, como se fugisse de mim ou tivesse encontrado outro ponto de interesse.
Examinando o ambiente à minha volta, percebi que ainda estava dentro da casa. A luz, que entrava pela janela, era ténue e me mostrava que já era tarde. O vento movia as cortinas, delicadamente.
Ao olhar para a porta, vi o menino a me observar, inexpressivamente, com o gato ao seu lado. Estendi o braço naquela direcção, mas ele não se moveu. Julgando que o pequeno estivesse em choque, tentei retirar o telefone do bolso da calça e discar o número da emergência.
De repente o chão começou a vibrar fortemente. Entre surpreso e apavorado, deixei o aparelho cair da minha mão. O gato pulou para fora da casa. A sonolência desapareceu de imediato dos meus olhos, que esgazeados, procuraram reciprocidade no rosto do menino. Não foi espanto que eu vi naquele olhar, porém. Foi um misto de indiferença e, para minha surpresa, um ar de divertimento.
Dizem que as grandes verdades nos atingem, frontalmente, no final. Foi então que compreendi, segundos antes do golpe definitivo e fatal. O quase imperceptível sorrisinho de satisfação, na face angelical dele, revelou-me tudo, sem que precisasse dizer nada…
Na sala dos arquivos telefónicos do número da Emergência, os especialistas ouviam, com cuidado, a gravação incomum. O ruído metálico - como de uma estranha máquina - antecedia um grito abafado de dor, seguido de longos minutos de um silêncio profundamente sufocante. O técnico já ia desistindo de obter mais alguma coisa, quando ouviu, ao fundo, um outro som, mais assustador ainda: aquilo teria sido uma gargalhada de criança, seguida de um - “vem, Ginger” - e de um miado curto?
terça-feira, 20 de abril de 2010
Safiras
Trazes,
No olhar,
O brilho
Intenso
Das safiras,
Que tem o efeito
De perfurar minha alma
Com um punhal
De luz
- Afiado e frio -,
Estilhaçando minha pobre emoção
Em mil fragmentos
- Irrecuperáveis -
E levantando borboletas,
Que alçam voo
Nas minhas entranhas,
Agitando meu coração,
Como um furacão
Que passa,
A estremecer,
Sem derrubar,
Os alicerces
Da minha razão.
domingo, 28 de março de 2010
Tua culpa
A culpa é tua
Se és tão fascinante
E se invades meus sonhos,
No meio da noite,
Como, se de assalto,
Quisesses tirar
Minha alma
De mim.
A culpa é tua
Se teu olhar
Faz de mim
Um escravo
Obediente
E humilde,
Que não quer se libertar
Da candura
Do teu jugo.
A culpa é tua
Se o teu sorriso
Me comove,
A ponto de me fazer
Esquecer de mim,
Perder o controle
Sobre minhas acções
E chorar
De emoção.
A culpa é tua
Se o meu coração
Dá saltos
Quando tu me despes
Com teus olhos
De mar,
Naquele instante
Pequeno
Em que finges
Que não te importas
E eu finjo
Que não percebo.
A culpa é tua
Se ao me perder
Em teus braços,
Achei pedaços
Dispersos
De ti
E ao te encontrar
Perdi-me,
Completamente,
Em ti…
Se és tão fascinante
E se invades meus sonhos,
No meio da noite,
Como, se de assalto,
Quisesses tirar
Minha alma
De mim.
A culpa é tua
Se teu olhar
Faz de mim
Um escravo
Obediente
E humilde,
Que não quer se libertar
Da candura
Do teu jugo.
A culpa é tua
Se o teu sorriso
Me comove,
A ponto de me fazer
Esquecer de mim,
Perder o controle
Sobre minhas acções
E chorar
De emoção.
A culpa é tua
Se o meu coração
Dá saltos
Quando tu me despes
Com teus olhos
De mar,
Naquele instante
Pequeno
Em que finges
Que não te importas
E eu finjo
Que não percebo.
A culpa é tua
Se ao me perder
Em teus braços,
Achei pedaços
Dispersos
De ti
E ao te encontrar
Perdi-me,
Completamente,
Em ti…
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