Do calor suave
da tua sublime boca,
eu bebo
um poderoso veneno:
frio, incolor,
e doce-amargo sabor…
Uma estranha fisgada
de dor
liberta-me
das melancólicas
e angustiantes garras
das memórias sombrias,
que continuavam insistindo
em ascender
do meu imperecível passado.
Aquelas recordações,
algumas ainda mais vivas
do que outras,
começam lentamente
a dissipar-se
em uma bem-vinda,
acrómica e amena
névoa
de esquecimento,
que acaba,
eventualmente,
esvanecendo no ar
e recuperando-me da dor,
(mas não sem deixar
algumas das suas cicatrizes
mais dolorosas
e profundas)...
Chega de reminiscências
não solicitadas,
levantando vivas
das pálidas dunas
no deserto
da minha mente.
Chega de lembranças
de uma realidade,
que costumava ser boa
para absolutamente nada.
O que ficou foi, tão-somente,
um desolado vazio...
(o imenso
e confortável
vácuo do oblívio)...
Minha vida está, agora,
mais do que pronta
para ser reforjada
e moldada,
uma vez mais,
à sua singular e distinta
forma e cor...
Por fim
A versão em Português da 'Fase Dois' é mais forte... talvez mais sentida...
ResponderEliminarTens o dom de me deixar sem palavras para adjetivar a beleza da tua escrita, seja em prosa ou em poema e este ultimo não é exceção
ResponderEliminarObrigado pelo incentivo. Sempre fico sem palavras, qdo recebo elogios ao meu trabalho. Muito obrigado mesmo
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