Vinhas na minha
direcção…
Borboletas alvoraçaram-se
Em meu estômago,
-Para minha surpresa-
Eclodindo pelos meus nervos…
Um nó apertou-me a garganta…
Meu coração batia tão
alto,
Que pensei que a sala toda ouvisse…
Fui invadido por uma vontade imensa
E incontrolável
De chorar…
Desviei o olhar…
Passaste,
Como se fosses um furacão,
Sacudindo, sem derrubar,
Completamente,
Minha estrutura...
Fingiste não perceber
minha covardia…
Com o canto do olho,
Vi-te dissimular um sorriso…
Não tive
coragem de acompanhar
Teus passos…
Meus olhos entristeceram,
Como se a vida,
Antes existente neles,
Houvesse sido roubada,
Sem que eu pudesse fazer algo
Para impedir…
Um silêncio
invadiu-me
Todo o ser,
A ponto de sentir um vazio
Tão grande
Na alma,
Que meu peito estilhaçou-se
Em um milhão de fragmentos…
Juntei os cacos
Do meu coração despedaçado,
Porém,
E segui adiante…
...Mas não te foste para sempre…
...Felizmente...
Eu adoro esta pequena pérola, que estava escondida no meio de muitas letras...
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