segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Janelas

Tu abriste
Uma janela
Na minha alma,
Donde sai
A musicalidade
Das palavras
E, também,
O silêncio
- Tranquilo –
Das cores.
Tu abriste
Esta janela
No meu peito,
Donde voam
As borboletas,
Que agitam
Minhas entranhas,
Quando vejo
Um indício
Da tua presença,
A movimentar
A placidez
Das águas
Do meu espírito
Inquieto.
Tu abriste
Uma janela
Nos meus sentidos,
Para ver,
Através dos teus olhos,
A magnitude
Da beleza
Que a vida traz,
Em cada pequeno
Detalhe,
Que, nem sempre,
Prende minha atenção,
Quando passo,
Apressado,
Em busca
De mim mesmo.
Tu abriste,
Sem querer,
Esta janela
Na minha alma,
Para me mostrar,
Que tudo aquilo
Que entra,
Traz, consigo,
Um pouco
De ti
Para junto de mim
E, o que sai,
Leva, consigo,
Um pouco
De mim,
Para junto de ti…

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