Verte,
Lenta e abundante,
A marcar o caminho
Que percorre;
A incendiar,
Por onde passa,
A pálida pele;
A descer,
Sem rédeas
E, já, sem receio;
A libertar-se,
Em mergulho,
Num vazio
Infinito,
Aberto
Entre a dor
E a placidez imensurável
Da queda.
Traz atrás de si
Uma outra lágrima…
Depois outra…
E ainda outra…
Até que a alma esvai-se,
Enfim,
E seca sua fonte
De tanto pesar
E o olhar perde-se,
Vagante,
Entre o que foi
E o que já não há,
Nem voltará a haver
Jamais...
Esta de uma beleza poética inaudita!
ResponderEliminarObrigado. Foi escrito no sentido mais sentido...
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