segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Me olhas...


E me olhas
Como se visses,
Através de meus olhos,
As cicatrizes
De uma alma
Transparente…
Como se visses além
De mim,
E analisasses minha dor
Na tela da tua mente
Complexa…
E me olhas
Como se tivesses compaixão
Das lágrimas que vês
Rolar
E dos soluços
Que ouves,
No silêncio
Concentrado
Do teu olhar…
Como se tivesses certeza
Que a tua presença
Assim, perto de mim,
Fosse acalmar
Todas as aflições
E as dúvidas
Do meu coração
De frágil cristal…
Quando me olhas,
As tempestades
São suportáveis
E quando elas passam
E vem a bonança,
- Porque tu sabes
Que ela sempre vem –
É tua tranquilidade
Que traz a paz
Que meu peito anseia.

2 comentários: