E partes…
No silêncio solitário
Da manhã de verão,
Das águas e do sol,
Entre os aromas do café
Fresco,
Do leite e do mel,
Na rotina domingueira
Dos bichos e dos homens.
Partes,
Porque partir faz parte
De um processo
Que não pode ser,
Senão e absolutamente
Natural.
Já nem olhas para trás
E teus passos já não são instáveis,
Nesta estrada ladeada por flores,
A cobrir imensos campos
De cobre e aço.
Partes…
E deixas, partidos,
Em incontáveis pedaços,
Os corações
De quem te amou,
Estilhaçando as emoções,
Que já nem sei sentir,
Nesta confusão estranha,
Que manifesta-se, talvez,
Tarde demais.
E partes,
A romper o frágil e físico fio
Que te prendia a este mundo,
Deixando as recordações
De momentos
Que, agora,
Já são apenas, doces lembranças
A flutuar nas memórias voláteis
Dos tempos.
Partes tranquilo,
Porque a tua viagem é,
Agora,
Outra…
E o caminho desse lado
Já foi trilhado.
Partes, enfim,
Porque partir é o objetivo
Final
Desta curta
E solitária jornada.
Partes sem um adeus,
Sem um aviso
E sem o peso desnecessário da bagagem.
Partes,
Porque esta partida é um novo início,
Tanto para quem vai,
Quanto para quem fica,
Porque viver é preciso,
Sempre,
Mesmo que seja,
Somente,
Na memória
De quem não vai contigo…
Do leite e do mel,
Na rotina domingueira
Dos bichos e dos homens.
Partes,
Porque partir faz parte
De um processo
Que não pode ser,
Senão e absolutamente
Natural.
Já nem olhas para trás
E teus passos já não são instáveis,
Nesta estrada ladeada por flores,
A cobrir imensos campos
De cobre e aço.
Partes…
E deixas, partidos,
Em incontáveis pedaços,
Os corações
De quem te amou,
Estilhaçando as emoções,
Que já nem sei sentir,
Nesta confusão estranha,
Que manifesta-se, talvez,
Tarde demais.
E partes,
A romper o frágil e físico fio
Que te prendia a este mundo,
Deixando as recordações
De momentos
Que, agora,
Já são apenas, doces lembranças
A flutuar nas memórias voláteis
Dos tempos.
Partes tranquilo,
Porque a tua viagem é,
Agora,
Outra…
E o caminho desse lado
Já foi trilhado.
Partes, enfim,
Porque partir é o objetivo
Final
Desta curta
E solitária jornada.
Partes sem um adeus,
Sem um aviso
E sem o peso desnecessário da bagagem.
Partes,
Porque esta partida é um novo início,
Tanto para quem vai,
Quanto para quem fica,
Porque viver é preciso,
Sempre,
Mesmo que seja,
Somente,
Na memória
De quem não vai contigo…
Uma homenagem ao meu pai, que partiu, talvez, rápido demais...
ResponderEliminarNa ilustração, tentei amenizar as marcas do tempo no rosto dele. Espero ter feito jus ao original...
ResponderEliminarNeste gesto seguro de aceno e saudade, fica a imagem do interminável, como o mistério do amor e da indiferença, do encontro e da despedida.
ResponderEliminarUm recomeço sempre no abraço, de outro, de outros. Vivemos de olores, de lembranças é que se tece a vida.
Simplesmente maravilhoso. Obrigada por suavizar com palavras tão lindas a dificil hora da despedida. Grande beijo no teu coração amigo querido. Que Deus continue te abençoando com este dom de transformar o óbvio em poesia.
ResponderEliminarObrigado, Soraia, pelo carinho. Grande abraço e beijo
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