sábado, 5 de março de 2011

Flor Selvagem

E vens 
como um vento morno 
de verão, 
acaricias minha pele, 
quando danças 
à minha volta 
e emaranhas meus pensamentos, 
causando uma desordem 
de sentimentos, 
provocando sensações, 
que despertam pequenos diabretes 
que se soltam 
livres de minha alma. 
Flor rara e selvagem, 
de doce aroma, 
bela 
e cheia de perigos, 
provoca-me emoções 
nunca experimentadas, 
me conduz por caminhos 
nunca trilhados, 
à terra de doces prazeres 
nunca dantes provados. 
Estranha sensação 
de consciência indomada, 
corre pelas minhas veias 
como um veneno bem-vindo, 
pronto a me provocar
loucas aventuras, 
como se minha alma deslizasse 
pelas ondas lascivas 
de um profundo oceano azul. 
Tua pele quase virgem, 
com a textura de uma pétala 
de seda, 
é tal qual página branca 
onde me atrevo a escrever 
poemas de paixão e desejo, 
com as pontas suaves, 
mas firmes, 
de meus dedos, 
arrancando vibrações 
descontroladas, 
quando te sussurro, 
ao ouvido, 
os anseios de meu coração, 
fazendo-te corar, 
como um anjo juvenil 
e me sentindo especial 
por ser aquele 
que te faz sentir 
extraordinariamente singular. 

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